Empurro a cadeira e olho no chão. Fim de tarde chegando, dia foi frio e agora está mais frio. Sem sol e sem pôr do sol. As sombras marcam o fim do dia, o movimento do tempo: manhã, tarde, noite e dormir. Lembrei de Paulo Leminski e escrevo o seu poema:
PROFISSÃO DE FEBRE
quando chove,eu chovo,faz sol,eu faço,de noite,anoiteço,tem deus,eu rezo,não tem,esqueço,chove de novo,de novo, chovo,assobio no vento,daqui me vejo,lá vou eu,gesto no movimento